Este Blog faz parte do projeto Estudos sobre Design. Seu conteúdo foi desenvolvido a partir de seminário da disciplina Introdução ao Estudo do Design, vinculada ao curso de Bacharelado em Design da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), sob orientação do Prof. Dr. Rodrigo N. Boufleur
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Integrantes / Desenvolvedores:
Emanoel Ferreira do Nascimento Junior - mremanoeljunior@outlook.com
Gabriel Ferreira Lopes Fran Malta - gabrielmalta7@gmail.com
Ingrid Arend Barichello - ingrid_arend@hotmail.com
Paulo Henrique da Lima Rocha - paulo.rocha420@gmail.com
Vinicius de Medeiros Lopes Bezerra - raiderconta1@hotmail.com

Os primeiros artesãos e a urbanização das cidades



  O artesanato é tradicionalmente a produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante ou aprendiz.Historicamente, o artesão, responde por todo o processo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Mas antes da fase de transformação o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser utilizada e pela concepção, ou projeto do produto a ser executado. 
  

  Contudo, entre os séculos XI e XII, este panorama se modificou na medida em que as cidades e os contingentes populacionais da Europa cresceram significativamente. Podendo agora atender uma ampla gama de consumidores, esses artesãos passaram a se deslocar para o ambiente urbano onde tinham maior autonomia para organizar suas atividades. Progressivamente, o trabalho artesanal foi incorporando um significativo número de pessoas e se organizou de forma mais complexa. 
  
  A partir do século XII, o artesanato ficou concentrado então em espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de aprendizes viviam com o mestre-artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este oferecia, em troca de mão-de-obra barata e fiel, conhecimento, vestimentas e comida. Criaram-se as Corporações de Ofício, organizações que os mestres de cada cidade ou região formavam a fim de defender seus interesses. 


  Corporações de ofício eram associações que surgiram na Idade Média, a partir do século XII, para regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades. Essas unidades de produção artesanal eram marcadas pela hierarquia (mestres, oficiais e aprendizes) e pelo controle da técnica de produção das mercadorias pelo produtor. Em português, são chamadas de mesteirais. 
  Entende-se por corporação de ofício as guildas (associações) de pessoas qualificadas para trabalhar numa determinada função, que uniam-se em corporações, a fim de se defenderem e de negociarem de forma mais eficiente. Dentre as mais destacadas, estão as Corporações dos Construtores e dos Artesãos. Uma pessoa só podia trabalhar em um determinado ofício - pedreirocarpinteiropadeiro ou comerciante - se fosse membro de uma corporação. Caso esse costume fosse desobedecido, corria o risco de ser expulso da cidade. Cada corporação agrupava um determinado ramo de trabalho; por isso era chamada de corporação de ofício. Em cada uma das cidades medievais existiam várias corporações de artesãos: dos tecelões, dos tintureiros, dos ferreiros, dos carpinteiros, dos ourives, entalhadores de pedras, entre outros. As pessoas geralmente ficavam 10 anos em cada oficio,e seu mestre do oficio era obrigado a dar alimentos e moradia. 
Essas corporações estabeleceram regras para o ingresso na profissão e tinham controle de quantidade, da qualidade e dos preços dos produtos produzidos,chamado de preço justo.Um artesão nunca poderia estipular um preço maior ou usar material de qualidade inferior ao de seu colega.Isso evitava a concorrência dos membros de mesmo ofício.A corporação também protegia seus associados proibindo a entrada de produtos similares aos produzidos na cidade em que se atuava.Eles também amparavam seus trabalhadores em caso de velhice, qualquer tipo de doença ou invalidez. 







Fonte do texto: http://pointdaarte.webnode.com.br/news/a-historia-do-artesanato/news/a-historia-do-artesanato/

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