Nasceu em Glasgow, na Escócia, em 1834. Como seus pais eram
ingleses, aos treze anos foi estudar na School of Design de Londres, lugar onde
recebeu a influência de grandes precursores do design como Richard Redgrave,
Henry Cole, Owen Jones e Matthew Digby Wyatt.
Durante seus estudos, Dresser teve contato com a, então,
nova disciplina de botânica, e por alguns anos seu foco esteve voltado para
ela. Ele foi professor de botânica na School of Design para mulhere e, em 1859,
obteve seu doutorado na área pela University of Jena, na Alemanha. No ano de
1860, foi eleito membro da Sociedade Botânica de Edimburgo, e um ano mais
tarde, membro da Linnean Society.
Como designer, Dresser encontrou inspiração nas plantas e
em suas estruturas, determinando que elas eram geometricamente equilibradas. A partir
daí ele deu uma guinada em seus estudos científicos se aproximando mais da arte
e do design. Acreditava que a verdade era tratada pela ciência e que a arte
refletia a beleza. Esse estudo o levou mais longe que seu mentor, Owen Jones,
que procurava formular regras para tornar o design uma expressão das
necessidades e sentimentos da época, pois passou a rejeitar representações e
soluções estilísticas (HESKETT, p. 10).
Em meados de 1860,
Dresser abandonou a botânica, se dedicando para a criação de formas e
ornamentos uma uma grande quantidade de manufaturas na Grâ-Bretanha, França e
Estados Unidos, e trando dos obstáculos e dos pontos fortes da máquina para a
fabricação de objetos utilitários domésticos. Além disso, ele era importador e
varejista de mobiliários.
Utilitário doméstico geometricista. |
Associado ao movimento de reforma do design na segunda
metade do século XIX, Christopher Dresser é considerado o primeiro designer
industrial da história. Ele publicou vários livros, artigos e palestras sobre o
design apropriado para a produção industrial, entre os quais estão: A Arte do
Design Decorativo (1862); Princípios do Design Decorativo (1873); Estudos em
Design (1876); e, Ornamentação Moderna (1886).
Além da inspiração da botânica, seu design também foi muito
influenciado pela arte japonesa, da qual era admirador incansável.
Jarro de inspiração nipônica. |
Referências Bibliográficas:
HESKETT, J. Desenho industrial. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998, P. 25.
OSHINSKY, Sara J. “Christopher Dresser (1834–1904).” In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000–. http://www.metmuseum.org/toah/hd/cdrs/hd_cdrs.htm (October 2006)
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