Este Blog faz parte do projeto Estudos sobre Design. Seu conteúdo foi desenvolvido a partir de seminário da disciplina Introdução ao Estudo do Design, vinculada ao curso de Bacharelado em Design da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), sob orientação do Prof. Dr. Rodrigo N. Boufleur
Link para a homepage do projeto: www.estudossobredesign.blogspot.com.br

Integrantes / Desenvolvedores:
Emanoel Ferreira do Nascimento Junior - mremanoeljunior@outlook.com
Gabriel Ferreira Lopes Fran Malta - gabrielmalta7@gmail.com
Ingrid Arend Barichello - ingrid_arend@hotmail.com
Paulo Henrique da Lima Rocha - paulo.rocha420@gmail.com
Vinicius de Medeiros Lopes Bezerra - raiderconta1@hotmail.com

Gramática do Ornamento

Um dos terrenos em que a pasteurização globalizante se manifesta é na ornamentação arquitetônica. Qualquer prédio na Avenida Faria Lima, na Unter den Linden, na Quinta Avenida, em Kuala Lumpur ou em Shangai poderia ser transplantado para qualquer outro lugar sem que destoasse.
No passado não era assim. Toda civilização minimamente desenvolvida produziu um estilo próprio de ornamentação.
[A Universidade de Wisconsin não pertence ao circuito das escolas de grande prestígio. Não obstante, mantém esse tipo de iniciativa. Algo que americanos (mais) e europeus (menos) criam aos montes, às vezes iniciado com trabalho voluntário. É algo impensável em nossa medíocre academia.]

Embora, obviamente, o contacto entre culturas (pelo comércio ou pela absorção mais ou menos violenta dos impérios uns pelos outros) resultasse na transmissão de influências e na apropriação de técnicas, materiais e estilos, o caráter de cada civilização era visível nos ornamentos dos edifícios, monumentos e mausoléus.
Celta
Num desses esforços de compilação de que só ingleses e alemães eram capazes, em meados do século 19 o arquiteto londrino Owen Jones (1809-1874) coletou ao redor do mundo exemplos de ornamentação. Escreveu vastamente. Sua obra seminal é The grammar of ornament, que pode ser consultada em edição virtual facsimilar no sítio da Digital Library for the Decorative Arts and Material Culture da Universidade de Wisconsin (EUA).

AssiriaGrega
————————————————————————————————
————————————————————————————————
Na Gramática do Ornamento, Jones procurou formalizar os princípios básicos da criação de padrões repetitivos conforme se manifestavam na ornamentação. Formulou 37 desses princípios. Basicamente, se trata do que hoje se denomina “tesselação”. Um artista moderno que se notabilizou por explorar a tesselação foi o holandês M. C. Escher.

A obra de Jones contém inúmeras pranchas com exemplos de ornamentação das principais culturas da antiguidade remota e do passado mais recente. Algumas são reproduzidas nesta página. De cima para baixo e da esquerda para a direita, os exemplos são: árabe, egípcio, celta, assírio, grego, bizantino, indiano e persa.
IndianaPersa

Fonte do texto: http://claudioabramo.ig.com.br/index.php/2009/05/30/gramatica-do-ornamento/

0 comentários:

Postar um comentário